terça-feira, 3 de abril de 2012

Tem que prender quem compra também!


PF realiza operação em oito Estados e DF contra tráfico internacional de aves silvestres e exóticas


  • Maioria das aves contrabandeadas tem como habitat as selvas do Peru, Equador e Venezuela

A PF (Polícia Federal) realiza nesta segunda-feira (2) a operação Estalo em oito Estados e Distrito Federal. O objetivo é prender 22 pessoas investigadas por tráfico internacional de aves silvestres e exóticas.
A operação começou em Pernambuco, mas também acontece em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Ceará, Amazonas, Santa Catarina, Roraima e Distrito Federal. Para a PF, trata-se de um “grande esquema criminoso” que envolvia pessoas em vários países da América do Sul.
Segundo a PF, a Justiça expediu 20 mandados de prisão preventiva e dois de prisão temporária. Além disso, há sete pessoas que serão levadas coercitivamente para prestar esclarecimentos. Outros 33 mandados de busca e apreensão também devem ser cumpridos ao longo do dia.
A PF explicou que as aves são contrabandeadas para o mercado clandestino e vendidas ilegalmente. A maioria dos animais tem como habitat as selvas do Peru, Equador e Venezuela. Segundo as investigações, o mercado era fomentado por criadores de canários, que viviam financeiramente com a rinha desses animais. Durante as investigações, 2.000 aves foram apreendidas.
Segundo a PF, os acusados tinham lucros de até 3.000%, já que os animais eram adquiridos nos países onde viviam por valores entre R$ 12 e R$ 15, eram vendidos no mercado clandestino por preços entre R$ 130 e R$ 220 e, por fim, chegavam ao mercado interno brasileiro, onde eram negociados, por até R$ 300.
Para trazer as aves para o Brasil, os acusados contavam com o apoio de um policial civil, que chegava a receber cerca de R$ 3.000 por carregamento. A PF não informou em que Estado o policial era lotado.
No mercado das rinhas, um bom canário era supervalorizado, e, conforme a habilidade apresentada, chegaria a valer R$ 100 mil. Para a PF, os valores eram recuperados em apostas nas brigas dos animais, as conhecidas rinhas.
Nas investigações, o PF averiguou que em apenas uma luta as apostas poderiam facilmente chegar a R$ 50 mil. Segundo a PF, apenas parte das negociações foi investigada, e não há, a princípio, o valor movimentado pelo grupo.

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http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2012/04/02/pf-realiza-operacao-em-11-estados-contra-trafico-internacional-de-aves-silvestres-e-exoticas.htm

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