terça-feira, 10 de abril de 2012

Grande exemplo.


Saúde Itinerante atende pela primeira vez na Serra do Divisor

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Escrito por Surama Chaul - Fotos: Sérgio vale
10-Abr-2012
Região que concentra uma das maiores biodiversidades do planeta com variadas espécies da flora e da fauna, o Parque Nacional da Serra do Divisor está localizado no extremo oeste do Acre, aonde só se chega de barco. Foi nesse lugar majestoso e de rara beleza que o Programa Saúde Itinerante chegou pela primeira vez no último dia 29. Um verdadeiro feito que precisou de uma superestrutura para que a viagem, de mais de oito horas de “voadeira” até a primeira comunidade, fosse possível. Uma aventura partindo de Mâncio Lima pelo Rio Japiim em direção aos rios Môa e Azul para atender em duas comunidades.
Quatro “voadeiras” levavam sete médicos, duas enfermeiras, assistente social, equipe de apoio, uma cozinheira, colchões, botijão de gás, panelas, água filtrada e mantimentos para garantir a alimentação de 15 pessoas (incluindo os barqueiros) durante três dias. Na bagagem, 50 tipos de medicamentos, aparelhos de ultrassom e eletrocardiograma, material para pequenas cirurgias e emergência, e oxímetro de pulso.
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Os obstáculos do trajeto tornaram a viagem ainda mais emocionante e até preocupante, mas que em nenhum momento abateu a equipe, em sua maioria já acostumada com os imprevistos e improvisos que caracterizam o Saúde Itinerante pelas localidades de difícil acesso em que costuma atender.
Na partida, muita chuva, vento forte e o cronômetro ligado para chegar antes do anoitecer por causa da escuridão no rio. A correria, porém, não adiantou para o pessoal que ia na ambulancha e para uma dupla, cujo barco quebrou. A ambulancha conseguiu retornar ao porto, mas os ocupantes da “voadeira” não, e como não havia ninguém por perto para pedir ajuda, já que os outros barcos também retornaram, o jeito foi dormir lá mesmo, dentro da voadeira na beira do rio, ancorada em plena floresta.
Missão abortada para quem conseguiu voltar, e no dia seguinte bem cedo todos partiram novamente pelo Rio Japiim. Um trajeto em que se pôde admirar a beleza das infinitas espécies de plantas e árvores como a majestosa samaúma, pássaros como o maçarico de pernas longas e incrivelmente finas ou a pequena garça de bico azul. O infinito azul do céu traduzia a grandiosidade e a força da natureza.

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