Manaus terá a maior usina solar da América Latina
Geração de energia terá potencial para atender quase 4 mil residências, mas
fornecimento será adicionado na malha elétrica de Manaus
Em dois anos, Manaus vai instalar a maior usina
solar da América Latina, com potencial de 6MW e capacidade para capacidade para
atender 3.757 residências, com um consumo médio de 154 kWh/mês. A usina será
construída no entorno da Arena Amazônia (ex-Estádio Vivaldo Lima), bairro
Flores, na Zona Centro-Oeste. O espaço inicialmente escolhido é a área onde
funciona o cartódromo.
A geração de energia solar será adicionada na
malha elétrica de Manaus, somando-se ao óleo combustível e diesel, à base
hídrica (Hidrelétrica de Balbina), ao Linhão de Tucuruí (quando inaugurado) e ao
gás natural (quando funcionar integralmente). Segundo Bittencourt, o grande
benefício será ambiental.
“A vantagem é que a gente vai quebrar cada vez
mais o uso da energia não-renovável e adicionar o uso renovável. Uma usina que
poderia estar queimando combustível fóssil com 6 MW mais, vai estar deixando de
queimar 6 MW menos”, disse Anderson Bittencourt, Bittencourt, vice-coordenador
do Centro Estadual de Mudanças Climáticas (Ceclima), que tem como uma de suas
funções contribuir para a formulação de políticas no setor de energias
renováveis no Amazonas. O órgão é vinculado à Secretaria Estadual de Meio
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS).
O projeto foi desenvolvido pelo governo do
Amazonas a partir de estudos concluídos em dezembro de 2011 pela Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC) com recursos financiados a fundo perdido pelo
Banco de Desenvolvimento da Alemanha (KfK). Os recursos foram disponibilizados
para as 12 cidades-sedes da Copa de 2014 e quatro capitais foram
selecionadas.
Expansão
O projeto de energia solar em Manaus tem
pretensões mais abrangentes. Sua proposta é expandir a construção de sistemas de
geração de energia solar para 25 municípios do interior do Amazonas que estão
fora do itinerário do Linhão de Tucuruí e da possibilidade de serem atendidos
pelo Sistema Integrado Nacional por meio da usinas da calha do Madeira (Jirau e
Santo Antônio).
“A usina em Manaus será uma vitrine da
importância de a gente difundir e disseminar o uso da energia não só nas
capitais mas em todo o interior. Ela também passará a ser um de itinerário
turístico”, disse o vice-coordenador do Ceclima, vinculado à Secretaria Estadual
de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS).
Bittencourt aposta no interesse futuro da
Eletrobras Amazonas Energia em recorrer aos estudos da UFSC, que possui um grupo
de pesquisa em energia solar, que atestaram a viabilidade de geração de energia
solar no interior do Amazonas.
Conforme Bittencourt, não se pode descartar o
potencial brasileiro de hidroeletricidade, mas esta oferta já está sendo
explorada com Belo Monte, Tucuruí e Itaipu. No interior do Amazonas, o sistema
ideal seria Híbrido, que uniria os tipos Isolado e a Termoelétrica para que haja
redução do consumo do combustível.
Atualmente, a maior usina solar do Brasil fica em
Tauá, no sertão do Ceará, de propriedade do empresário Eike Batista. Ela tem
potencial de 1 MW.
Hidrelétricas
Para Anderson, mais do que hidrelétricas, o
Estado do Amazonas precisa de usinas solares. “Para a escala de demanda das
cidades e comunidades do Amazonas, não precisamos de hidrelétricas. Precisamos
de usinas solares e de usinas baseadas em biomassa. Existem características de
determinadas regiões que não cabe uma hidrelétrica e é preciso buscar
alternativas”, conta Bittencourt, vice-coordenador do Centro Estadual de
Mudanças Climáticas (Ceclima), que tem como uma de suas funções contribuir para
a formulação de políticas no setor de energias renováveis no Amazonas.
Conforme Bittencourt, não se pode descartar o
potencial brasileiro de hidroeletricidade, mas esta oferta já está sendo
explorada com Belo Monte, Tucuruí e Itaipu. No interior do Amazonas, o sistema
ideal seria Híbrido, que uniria os tipos Isolado e a Termoelétrica para que haja
redução do consumo do combustível
Municípios
Segundo a SDS, os municípios do Amazonas aptos a
receber energia solar são Eirunepé, São Gabriel da Cachoeira, Carauari, Benjamim
Constant, Tapauá, Envira, Fonte Boa, Jutaí, São Paulo de Olivença, Pauini,
Uarini, Ipixuna, Itamarati, Barcelos, Beruri, Tonantins, Alvarães, Santo Antônio
do Içá, Canutama, Maraã, Santa Isabel do Rio Negro, Japurá, Juruá e Atalaia do
Norte. Conforme Anderson Bittencourt, a demanda de potencial destes locais estão
abaixo de 6 MW.
PIM
A usina de energia solar em Manaus terá
aproximadamente 25.650 módulos fotovoltaicos (p-Si), 570
inversores, numa área total ocupada pela estrutura metálica de 44.913,15 metros
quadrados.
Para a implantação, estima-se um investimento de
R$ 40 milhões, que será dividido entre a Eletrobrás Amazonas Energia, Governo do
Amazonas e investidores privados (cuja identificação não foi revelada). O
planejamento prévio pretende montar os módulos no teto e a área inferior poderá
ser transformado em estacionamento.
Os equipamentos serão importados, mas já existe
plano para a liberação de incentivos fiscais que facilitem a fabricação de
módulos e baterias no Pólo Industrial de Manaus Atualmente, o PIM possui
tecnologia para fabricar inversores e controladores. “Vai ser criado um plano de
atração de investimento das empresas para o PIM. Isso é um marco no Brasil. Não
existe pólo industrial renovável no Brasil. Não existe sequer uma empresa no
país produzindo módulos solares. Não precisamos mais precisar comprar na
Alemanha, Índia ou China”, contou.
Sistemas
Os sistemas fotovoltaicos que existem são os
Conectados à Rede, os Isolados, os Híbridos e as Usinas. Em Manaus, a energia
gerada será por Usina Solar, que produz uma grande quantidade de eletricidade em
um único ponto.
A energia da Usina não vai sair de uma rede para
ser distribuída a uma determinada residência. Ela será adicionada ao sistema
elétrico já existente.
Anderson Bittencourt diz que a Eletrobras apontou
que em 2011 cerca 100 mil domicílios no Amazonas ainda não têm acesso à
eletricidade
Miniusinas
A Eletrobras Amazonas Energia diz não existe
projeto em andamento para os 25 municípios aptos a receber energia solar, mas
informa que atende, desde julho de 2011, 12 comunidades isoladas com o projeto
“12 Miniusinas com Minirredes e Sistema de Faturamento Pré-pago”, por meio do
Programa Luz Para Todos, nos municípios de Novo Airão, Autazes, Barcelos,
Beruri, Eirunepé e Maués. Este formado é considerado único o Brasil.
A empresa aguarda aprovação da Empresa de
Pesquisa Energética (EPE) para que 95 novas miniusinas do mesmo modelo sejam
instaladas em outras localidades do Amazonas.
A concessionária também vai iniciar no município
de Parintins (a 325 quilômetros de Manaus) um sistema piloto de painéis solares
em algumas residências. Adotando um sistema híbrido, o consumidor parintinense
poderá utilizar energia fotovoltaica em determinado período do dia. Em um outro
momento, ele utilizará a energia vinda das redes de distribuição de energia da
Eletrobras.
A Eletrobras informa que já vem sendo
desenvolvida a produção de energia elétrica a partir do etanol da mandioca,
único no país. Uma usina instalada na Vila de Lindóia, município de Itacoatiara
(176 quilômetros de Manaus), passará a produzir, ainda em fase experimental, o
etanol da mandioca para alimentar geradores de energia que irão atender
moradores daquela localidade.Posteriormente, a empresa planeja levar o mesmo
formato de fonte de geração de energia elétrica para outros municípios do
Amazonas e de outros Estados do Brasil.
Comentário:
Telma Monteiro – pesquisadora independente, autora do blog http://telmadmonteiro.blogspot.com.br/
“Um bom investimento do dinheiro público seria
implantar e subsidiar energia fotovoltaica nos telhados das casas e jogar a
energia excedente no sistema. Mas ainda não temos legislação que autorize. E as
ações para isto são incipientes porque o governo não está financiando. Por este
motivo está saindo mais caro. Se o governo pode financiar uma Belo Monte,
poderia reservar uma parte do investimento para as concessionárias adequar sua
tecnologia. As usinas são construídas para grandes consumidores de energia e a
indústria que tem como principal insumo a energia elétrica”.
Em dois anos, Manaus vai instalar a maior usina
solar da América Latina, com potencial de 6MW e capacidade para capacidade para
atender 3.757 residências, com um consumo médio de 154 kWh/mês. A usina será
construída no entorno da Arena Amazônia (ex-Estádio Vivaldo Lima), bairro
Flores, na Zona Centro-Oeste. O espaço inicialmente escolhido é a área onde
funciona o cartódromo.
A geração de energia solar será adicionada na
malha elétrica de Manaus, somando-se ao óleo combustível e diesel, à base
hídrica (Hidrelétrica de Balbina), ao Linhão de Tucuruí (quando inaugurado) e ao
gás natural (quando funcionar integralmente). Segundo Bittencourt, o grande
benefício será ambiental.
“A vantagem é que a gente vai quebrar cada vez
mais o uso da energia não-renovável e adicionar o uso renovável. Uma usina que
poderia estar queimando combustível fóssil com 6 MW mais, vai estar deixando de
queimar 6 MW menos”, disse Anderson Bittencourt, Bittencourt, vice-coordenador
do Centro Estadual de Mudanças Climáticas (Ceclima), que tem como uma de suas
funções contribuir para a formulação de políticas no setor de energias
renováveis no Amazonas. O órgão é vinculado à Secretaria Estadual de Meio
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS).
O projeto foi desenvolvido pelo governo do
Amazonas a partir de estudos concluídos em dezembro de 2011 pela Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC) com recursos financiados a fundo perdido pelo
Banco de Desenvolvimento da Alemanha (KfK). Os recursos foram disponibilizados
para as 12 cidades-sedes da Copa de 2014 e quatro capitais foram
selecionadas.
Expansão
O projeto de energia solar em Manaus tem
pretensões mais abrangentes. Sua proposta é expandir a construção de sistemas de
geração de energia solar para 25 municípios do interior do Amazonas que estão
fora do itinerário do Linhão de Tucuruí e da possibilidade de serem atendidos
pelo Sistema Integrado Nacional por meio da usinas da calha do Madeira (Jirau e
Santo Antônio).
“A usina em Manaus será uma vitrine da
importância de a gente difundir e disseminar o uso da energia não só nas
capitais mas em todo o interior. Ela também passará a ser um de itinerário
turístico”, disse o vice-coordenador do Ceclima, vinculado à Secretaria Estadual
de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS).
Bittencourt aposta no interesse futuro da
Eletrobras Amazonas Energia em recorrer aos estudos da UFSC, que possui um grupo
de pesquisa em energia solar, que atestaram a viabilidade de geração de energia
solar no interior do Amazonas.
Conforme Bittencourt, não se pode descartar o
potencial brasileiro de hidroeletricidade, mas esta oferta já está sendo
explorada com Belo Monte, Tucuruí e Itaipu. No interior do Amazonas, o sistema
ideal seria Híbrido, que uniria os tipos Isolado e a Termoelétrica para que haja
redução do consumo do combustível.
Atualmente, a maior usina solar do Brasil fica em
Tauá, no sertão do Ceará, de propriedade do empresário Eike Batista. Ela tem
potencial de 1 MW.
Hidrelétricas
Para Anderson, mais do que hidrelétricas, o
Estado do Amazonas precisa de usinas solares. “Para a escala de demanda das
cidades e comunidades do Amazonas, não precisamos de hidrelétricas. Precisamos
de usinas solares e de usinas baseadas em biomassa. Existem características de
determinadas regiões que não cabe uma hidrelétrica e é preciso buscar
alternativas”, conta Bittencourt, vice-coordenador do Centro Estadual de
Mudanças Climáticas (Ceclima), que tem como uma de suas funções contribuir para
a formulação de políticas no setor de energias renováveis no Amazonas.
Conforme Bittencourt, não se pode descartar o
potencial brasileiro de hidroeletricidade, mas esta oferta já está sendo
explorada com Belo Monte, Tucuruí e Itaipu. No interior do Amazonas, o sistema
ideal seria Híbrido, que uniria os tipos Isolado e a Termoelétrica para que haja
redução do consumo do combustível
Municípios
Segundo a SDS, os municípios do Amazonas aptos a
receber energia solar são Eirunepé, São Gabriel da Cachoeira, Carauari, Benjamim
Constant, Tapauá, Envira, Fonte Boa, Jutaí, São Paulo de Olivença, Pauini,
Uarini, Ipixuna, Itamarati, Barcelos, Beruri, Tonantins, Alvarães, Santo Antônio
do Içá, Canutama, Maraã, Santa Isabel do Rio Negro, Japurá, Juruá e Atalaia do
Norte. Conforme Anderson Bittencourt, a demanda de potencial destes locais estão
abaixo de 6 MW.
PIM
A usina de energia solar em Manaus terá
aproximadamente 25.650 módulos fotovoltaicos (p-Si), 570
inversores, numa área total ocupada pela estrutura metálica de 44.913,15 metros
quadrados.
Para a implantação, estima-se um investimento de
R$ 40 milhões, que será dividido entre a Eletrobrás Amazonas Energia, Governo do
Amazonas e investidores privados (cuja identificação não foi revelada). O
planejamento prévio pretende montar os módulos no teto e a área inferior poderá
ser transformado em estacionamento.
Os equipamentos serão importados, mas já existe
plano para a liberação de incentivos fiscais que facilitem a fabricação de
módulos e baterias no Pólo Industrial de Manaus Atualmente, o PIM possui
tecnologia para fabricar inversores e controladores. “Vai ser criado um plano de
atração de investimento das empresas para o PIM. Isso é um marco no Brasil. Não
existe pólo industrial renovável no Brasil. Não existe sequer uma empresa no
país produzindo módulos solares. Não precisamos mais precisar comprar na
Alemanha, Índia ou China”, contou.
Sistemas
Os sistemas fotovoltaicos que existem são os
Conectados à Rede, os Isolados, os Híbridos e as Usinas. Em Manaus, a energia
gerada será por Usina Solar, que produz uma grande quantidade de eletricidade em
um único ponto.
A energia da Usina não vai sair de uma rede para
ser distribuída a uma determinada residência. Ela será adicionada ao sistema
elétrico já existente.
Anderson Bittencourt diz que a Eletrobras apontou
que em 2011 cerca 100 mil domicílios no Amazonas ainda não têm acesso à
eletricidade
Miniusinas
A Eletrobras Amazonas Energia diz não existe
projeto em andamento para os 25 municípios aptos a receber energia solar, mas
informa que atende, desde julho de 2011, 12 comunidades isoladas com o projeto
“12 Miniusinas com Minirredes e Sistema de Faturamento Pré-pago”, por meio do
Programa Luz Para Todos, nos municípios de Novo Airão, Autazes, Barcelos,
Beruri, Eirunepé e Maués. Este formado é considerado único o Brasil.
A empresa aguarda aprovação da Empresa de
Pesquisa Energética (EPE) para que 95 novas miniusinas do mesmo modelo sejam
instaladas em outras localidades do Amazonas.
A concessionária também vai iniciar no município
de Parintins (a 325 quilômetros de Manaus) um sistema piloto de painéis solares
em algumas residências. Adotando um sistema híbrido, o consumidor parintinense
poderá utilizar energia fotovoltaica em determinado período do dia. Em um outro
momento, ele utilizará a energia vinda das redes de distribuição de energia da
Eletrobras.
A Eletrobras informa que já vem sendo
desenvolvida a produção de energia elétrica a partir do etanol da mandioca,
único no país. Uma usina instalada na Vila de Lindóia, município de Itacoatiara
(176 quilômetros de Manaus), passará a produzir, ainda em fase experimental, o
etanol da mandioca para alimentar geradores de energia que irão atender
moradores daquela localidade.Posteriormente, a empresa planeja levar o mesmo
formato de fonte de geração de energia elétrica para outros municípios do
Amazonas e de outros Estados do Brasil.
Comentário:
Telma Monteiro – pesquisadora independente, autora do blog http://telmadmonteiro.blogspot.com.br/
“Um bom investimento do dinheiro público seria
implantar e subsidiar energia fotovoltaica nos telhados das casas e jogar a
energia excedente no sistema. Mas ainda não temos legislação que autorize. E as
ações para isto são incipientes porque o governo não está financiando. Por este
motivo está saindo mais caro. Se o governo pode financiar uma Belo Monte,
poderia reservar uma parte do investimento para as concessionárias adequar sua
tecnologia. As usinas são construídas para grandes consumidores de energia e a
indústria que tem como principal insumo a energia elétrica”.
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