quinta-feira, 31 de maio de 2012

Por menos se fazia muito mais!


Houve um período, não muito distante, que podemos citar, como sendo o último grande movimento onde a população brasileira se uniu em prol de Brasil melhor. Isso foi em 1992, impeachment de Fernando Colllor de Mello. O primeiro presidente eleito pelos votos diretos deste 1961, quando Jânio Quadros saiu vencedor das urnas. Com acusações vindas até do próprio irmão Pedro Collor de Mello, de cumplicidade com o tesoureiro de campanha Paulo Cesar Farias, onde as acusações envolviam crimes de enriquecimento ilícito, evasão de divisas, tráfico de influência. As denúncias se intensificaram, em questão de um mês, este foi o mês de maio do mesmo ano. Culminou a formação do Movimento pela Ética na Política, composto por 18 entidades civis, como centrais sindicais, OAB e CNBB. Depois o Movimento contou com o apoio de mais partidos politicos e a UNE(União Nacional dos Estudantes) - os famosos caras-pintadas. Com a pressão da sociedade, que era tamanha (a união faz a força), foi instalada uma CPI no dia 1º de junho de 1992. A partir de então as manifestações começaram a tomar proporções cada vez maiores. A juventude foi a primeira vez em 11 de agosto, em uma passeata em frente ao Masp-SP, cerca de 10 mil estudantes. No dia 14, Collor fez um discurso na televisão para convocar a população a vestir verde e amarelo e a sair pelas ruas no domingo, 16 em resposta as pessoas que o atacavam e queriam derruba-lo. Mas houve um revés, aquele ficou conhecido como o "domingo negro" - os jovens sairam de camisetas pretas e pintando o rosto da mesma cor em sinal de luto. Nesta mesma manha, já eram 400 mil estudantes somente em São Paulo em frente ao Masp, fora as manifestações em outras cidades.
No dia 1º de setembro foi dada a entrada do pedido de empeachment na Câmara. Finalmente no dia 29 de setembro foi votado em transmissão ao vivo, sendo 448 deputados votaram a favor, 38 contra, 23 não foram à sessão e um se absteve.
No dia 2 de outubro, Collor deixou a presidência interinamente, e no dia 29 de dezembro renunciou ao cargo abrindo espaço para seu vice, Itamar Franco.

Cito este trecho de nossa história, para demonstrar que antigamente nós brasileiros lutavamos mais por nossos ideais, tínhamos mais brio, fazíamos mais por menos. Hoje existe tanta coisa errada acontecendo e nem ligamos. Estamos em um situação de letargia. Está na hora de acordarmos.
Cade os caras-pintadas? Cade a UNE? Cade os partidos políticos? Cade a OAB? Cade a CNBB?


Lembrem-se da mesma forma que vocês escolheram a família aonde iriam nascer, vocês também escolheram a Pátria. Não reneguem esta tão importante missão.

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